quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pensão para amantes : “querem destruir a instituição do casamento”

Um projeto de lei aprovado nesta quarta-feira (15) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal deve causar divergências entre a opinião pública. É que a lei permite que amantes tenham direito a pensão alimentícia e a partilha de bens, contanto que comprove estabilidade da união.

A proposta, que vale para homens e mulheres, diz que a união formada em desacordo aos impedimentos legais não exclui os deveres de assistência e a partilha de bens.

Para a autora intelectual da proposta, a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFAM), a lei atual é conivente com o homem que tem duas mulheres e, com o projeto, ele passa a se responsabilizar.

O Primeira Edição buscou a opinião dos dois lados. Mulheres e homens casados legalmente, e mulheres que sustentam um relacionamento com homens casados.

O representante de vendas, José Monte Neto, de 27 anos, não é favorável à nova lei. Para o jovem, casado há 2 anos, a aprovação dessa lei irá enfraquecer ainda mais a instituição familiar. “Isso é a desvalorização da família, que é o pai, a mãe e os filhos. Nenhuma dessas leis vai resolver nada. É preciso retomar a consciência de que o casamento, o matrimônio é uma instituição séria, que não pode ser denegrida. Esse tipo de lei só visa a destruição das famílias”, opinou Neto.

Para o jovem pai, a formação da sociedade nasce dentro da família, e é preciso dar exemplos às novas gerações. “Essa lei não vai fazer com que os homens pensem duas vezes antes de arrumar uma mulher fora do casamento e eu não acredito que a decisão de aprová-la seja positiva”.

Uma mulher, que não quis se identificar, falou ao Primeira Edição sobre seu relacionamento com um homem casado e deu sua opinião sobre a nova lei. “Começamos a nos relacionar há três meses. Nos conhecemos pelo MSN e eu já sabia que ele era casado, mas me encantei e acabei ficando com ele”, conta a amante.

Sobre a nove lei, a entrevistada disse que “como amante acho legal, mas se eu estivesse no lugar da esposa, com certeza não iria gostar”.

A amante disse que, apesar de gostar muito da pessoa com quem está tendo um caso, não se sente bem com a situação. “Eu me sinto mal pelo fato dele ser casado, mas, a gente não escolhe por quem vai se apaixonar. Além disso, ele me disse que o casamento dele está para terminar”, concluiu.

A auxiliar administrativa, Walmair Lima, de 28 anos, acha inaceitável o fato de ter que dividir os bens que ela e o marido construiram juntos, com uma amante. “Eu não sei se meu marido me trai, acredito quem não, mas, se um dia aparecer uma mulher dizendo que é amante dele e que quer parte do que eu trabalhei para construir junto com ele, vou ficar indignada”, enfatiza Walmair.

“Essa lei com certeza vai destruir cada vez a família. É inaceitável ter que dividir meus bens e do meu filho com uma estranha”, finalizou.

Thayanne Magalhães

Um comentário:

Unknown disse...

Eu sou a favor dessa lei pois tenho um caso de cinco anos e uma filha para sustentar que é dele.
A esposa usufrui de tudo pois é amparada pela lei..mas sou eu quem dou todo apoio emocional e inclusive na empresa para sustentar os luxos dela..e eu só recebo em troca juras de amor...reconpensa nenhuma!!