sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Trintando!

Desde a adolescência que eu ficava me imaginando aos 30 anos. Planejava já estar financeiramente estabilizada, por isso nunca parei de estudar e trabalhar – exceto por cerca de dois anos, aqueles que a gente precisa errar bem muito para entender o que NÃO queremos da vida. Mas que também nos fazem dar risada de como nos divertíamos com tão pouco.

Me imaginava dirigindo meu carro – é, para a minha realidade era algo ainda bem distante – e levando adiante a minha carreira profissional.

Mas, o meu maior desejo sempre foi ser mãe. Eu sempre dizia que até os 30 já queria ter o meu primeiro filho.

Bom, parece que estou indo bem. Não que a vida tenha sido sistemática e eu fiz tudo programado. Nada disso. Até chegar aqui – ainda sem a tal estabilidade financeira – eu vivi cada fase intensamente. Eu fui uma adolescente sem “rédeas”. Meus vinte e poucos foram de tantas descobertas, viagens, pessoas... Morei em tanta casa que nem me lembro mais! (Parafraseando Renato)

Até que finalmente estava no meu próprio apartamento alugado. Independente. Sem hora para chegar e comendo o que queria – uma época trabalhei no shopping e não podia comer na praça de alimentação. Sempre lanchava naquelas barracas do lado de fora, era mais em conta. Eu pensava que logo, logo poderia escolher onde quisesse comer. Pois é, pequenos sonhos que hoje eu agradeço por poder realizá-los ao menos na primeira semana após receber o salário de jornalista! (risos)

Como ia dizendo e meio que me perdi. Não vivi sistematicamente. Sempre deixei a vida seguir seu curso. Nada de rotina. Eu sabia que um dia teria que sossegar, ser mãe e cuidar da família. Aqui estou. Prestes a completar 30 anos.

Casei na igreja, o que também me foi um sonho... Para mim significava que a vida recomeçava a partir dali. Era a fase mais importante da minha vida que se iniciava, e não um "evento social". Encontrei alguém para seguir a vida ao lado. Como todo ser humano, temos defeitos, passamos por dificuldades, mas não soltamos as mãos quando precisamos um do outro.

Meu filho é a coisa mais importante da minha vida. É o amor em forma de gente e eu sinto tanto orgulho de poder lhe dar tudo o que precisa, principalmente presença, carinho, atenção... Principalmente por, apesar de ser uma mulher adulta - é o que dizem -, a minha criança está aqui, bem viva, para sentar com ele na areia da praia, construir castelos e piscinas nos fins de tarde dos nossos finais de semana – todos especiais. Todos para se comemorar. Todos para ele.

Bem vinda idade nova. Bem vindos 30 anos! Que bom que conseguimos um bocado de coisa que planejamos, né?

É incrível como gosto mais do meu corpo agora. Do meu cabelo. Do meu jeito de vestir. É incrível como eu amo mais a minha vida hoje do que ontem. Como prezo cada amigo que me acompanhou até aqui e agradeço aos que se afastaram. Esses certamente não somariam.

Obrigada, a quem eu vivo cada dia querendo orgulhar. Obrigada a quem sempre confortou meu coração com um amor crescente. Obrigada a Deus! A quem prometi buscar ser uma pessoa melhor a cada dia. A quem só quer me ver bem para ser feliz também!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A vida num filme


Ontem assisti um filme chamado “Quando Um Homem Ama Uma Mulher”. Em resumo, trata-se de um casal apaixonado, com duas filhas pequenas – uma do primeiro casamento da mulher, mas criada como filha do atual marido, apaixonado pela família.

Ele é piloto de avião e viaja muito. Ela se sente sozinha e acaba bebendo para se distrair.

No início da relação dos dois, eles se divertiam muito saindo para beber, em festas, bares. Com as responsabilidades aumentando, com a distância cotidiana das viagens, ela foi se afogando no alcoolismo. Ele queria ajudar, mas ela estava tão envergonhada que não sabia como agir. O atacava.

Ele não sabia o que fazer. A tratava como se fosse de vidro, queria fazer tudo por ela. Mas ela só se irritava e o atacava. Ela passou um tempo numa clínica de recuperação e se tornou amiga de pessoas que passava o mesmo que ela. E era com eles que ela conversava e desabafava. O seu marido sofria com a indiferença. Ele queria ser o amigo dela. Ele queria ser o apoio dela. Mas ela se sentia muito culpada para deixar que ele se aproximasse. E o atacava.

Então um dia, depois que ela disse que não aguentava mais a “vida doméstica”, ele saiu de casa. Ela então voltou a sorrir e tentou se perdoar. Ela o queria de volta, ela o queria do lado dela, ela queria implorar para que ele a perdoasse. Mas ela não conseguia. Sentia muita raiva e dizia que ele, a tratando como tratava, sempre tentando ajudar e fazer tudo por ela, a fazia se sentir inútil, fraca... “Mas ninguém faz você se sentir assim. É você quem sente. Enquanto eu não me perdoar, eu não vou conseguir dar a minha família o amor que ela merece”, ela disse.

Após quatro meses, eles se reencontraram. E, não existe uma fórmula para que o casamento dê certo. Eles precisam se aceitar.

O marido finalmente entendeu que estava sentindo pena de si próprio. Ele sabia que não merecia ser tratado daquela forma, que fez de tudo para estar do lado dela, e ela só o maltratava. Ele precisou ficar longe para entender, que ele não era a vítima, mas sim a mulher. Era vítima do álcool. Todo aquele sofrimento trouxe amadurecimento. Ela tinha medo de não ser mais a “garota divertida” das noites nos bares, mas ele só queria estar do lado dela e das filhas. E todos os dias seria um dia de aprendizado e aceitação.

A vida muda as pessoas. É preciso adaptar-se e entender que não existem culpados. As pessoas sofrem e elas precisam encontrar a cura. Nem sempre podemos ajudar como gostaríamos. Então não devemos insistir em ajudá-las se estão cegas pelos problemas (vícios). Apenas viver um dia de cada vez. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Sim. Eu quero mudar o mundo!

Todo mundo sabe que o jornalista não tem a liberdade que gostaria para escrever sobre o que acredita ser o certo. Muitos de nós somos censurados nos veículos de comunicação por interesses políticos e/ou econômicos.

Alguns dos meus trabalhos acabam sendo "execrados", pela falta de "independência" dos veículos de comunicação, então, cá estou com uma denúncia grave que mostra a irresponsabilidade do Governo do Estado de Alagoas em relação à Educação das nossas crianças.

Essa é minha primeira "malcriação". Vamos juntos, ser a voz dos excluídos! Mandem suas denúncias!

Lembremos: Educação é a base de tudo!

Servidores de escola estadual denunciam sobrecarga de trabalho

De acordo com servidores da Escola Estadual Rotary, falta professor, merendeira e até serviços gerais

Os servidores da Escola Estadual Rotary estão sobrecarregados.  De acordo com Marcílio Tavares, que há dois anos atua como vigia na instituição de ensino, os funcionários precisam acumular funções porque o Estado não faz as contratações necessárias para dar conta da demanda da escola.

“Eu passei no concurso para vigia, mas trabalho como porteiro, recolho o lixo e corto a grama.  Falta pessoal para os serviços gerais, agente administrativo e no serviços diversos só tem uma servidora que vai se aposentar”, denuncia.

A escola, que fica localizada na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro do Tabuleiro, em Maceió, também tem carência de merendeiras e até professores, segundo afirmam os funcionários.

“De manhã só tem uma merendeira para atender mais de 450 alunos. Ela acaba não seguindo o cardápio recomendado pela nutricionista porque não dá para fazer tudo sozinha. As crianças acabam comendo só biscoitos e achocolatado”, afirma o vigia.

Marcílio afirma que de dois anos para cá a situação só tem piorado.

“Esse ano a escola já foi arrombada duas vezes. Aqui tem vigia trabalhando a noite, mas desarmado não adianta. O muro é baixo e os criminosos veem a facilidade de invadir e entram para roubar. Já levaram os computadores da sala de administração duas vezes”.

O vigia afirma que já foi solicitado ao Estado a contratação de vigilância armada.

Informações desencontradas

Segundo Marcílio Tavares, na 14ª Coordenadoria Regional de Educação (Crea), responsável pela área do Tabuleiro, consta que o quadro de funcionários da Escola Estadual Rotary está completo.
“Tem servidor que se afasta por indicação médica, por exemplo, e consta no Crea que estão trabalhando normalmente. O Estado precisa enviar mais servidores para esta essa escola e precisamos também de pessoal de apoio para quando alguém precisar se ausentar.

Alessandro Rodriguez trabalha como vigia pela manhã, mas na tarde de ontem (29) estava dando apoio aos colegas de trabalho.



“Até para cortar a grama nós tiramos do dinheiro arrecadado da escola com outdoors. Basta olhar o quintal da escola, a quadra de esportes para perceber que a Rotary está abandonada. As crianças ficam expostas a cobras, ratos, mosquitos. O terreno cheio de mato fica do lado da sala de aula e nós nos preocupamos. Fazemos o trabalho que é obrigação do Estado”, relata.

“Os alunos praticam esportes debaixo de sol e se chover não tem a aula de educação física. Precisa, além de mais funcionários, melhorar a estrutura da escola”, concluiu Alessandro.

Ano letivo é prejudicado por falta de professores

A mãe de uma aluna que preferiu não se identificar, denunciou ao blog que o segundo semestre começou sem professor de Matemática para uma turma do 6º Ano da escola.

“Minha filha está sendo prejudicada. Como é que ela vai concluir o ano sem ter professor de Matemática?”, reclama a mãe.

A diretora-adjunta da escola, Severina Alves dos Santos, diz que os problemas não são novidade.

“O ano passado inteiro ficamos sem professor de Arte. Decidimos então  realizar um curso de férias e os professores que já tinham concluído o ano em outras escolas, vieram dar as aulas para os nossos alunos concluírem a disciplina em quinze dias. Mas com Matemática fica mais complicado. Não dá para aprender tudo nesse mesmo período”, explicou.

Severina confirma a falta de professor de Matemática e afirma já ter acionada a Secretaria de Estado da Educação (SEE) exigindo providências.

“O Estado sabe da nossa situação mas não nos dar prazos para a resolução dos problemas. Nossos alunos acabam tendo dificuldade de aprendizagem por conta de tantos problemas, sem saber quando terão professor para dar aula”, reclama.

Outra dificuldade passada pela escola é a falta de interprete de línguas.

“Temos cerca de 100 alunos especiais e não contamos com nenhum interprete. O Estado diz que até dezembro deve fazer concurso, mas até lá contamos apenas com auxiliar de sala. Não temos nem uma sala de recursos para trabalhar com essas crianças e adolescentes deficientes”.


O blog tentou contato com a assessoria de comunicação da SEE falar sobre as denúncias, mas ninguém atendeu o telefone. 

Fotos: Sandro Lima

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O casamento

Este artigo diz respeito a como as pessoas têm visto o casamento com tanto pessimismo. Percebo em filmes e postagens de redes sociais o quanto homens e mulheres estão desencantados com a ideia de formar uma família. Uma pena... Porque por mais que digam que "curtir a vida" é o melhor caminho, viver "livre" e sozinho é a verdadeira felicidade, eu, como quem já se divertiu um bocado, quero que alguém me diga que nunca sentiu um vazio terrível no dia "pós-farra". Sem ter um ombro pra deitar, uma companhia para ver um filme em casa, comendo pipoca e trocando carinhos. Alguém com quem você possa fazer sexo quando der vontade. Não? Duvido!

O casamento é um compromisso muito sério, e no meu ponto de vista, as pessoas estão é com medo de não serem aquilo que o outro espera e desistem muito fácil. Mas a fórmula para dar certo é bem simples: seja para o outro o que você gostaria que ele fosse para você. Sem expectativas, sem cobranças, apenas acorde de manhã e dê um beijo de bom dia. Não adianta começar uma vida ao lado de alguém com o pensamento clichê de hoje em dia: se não der certo, acaba. Não! Não desista! O amor não pode acabar assim, por conta de um dia ruim. 

É claro que como qualquer outro relacionamento, o casamento tem seus altos e baixos. Mas então, você prefere dar ouvidos ao ego e ao orgulho e jogar tudo fora? Ou se apega ao que te fez dizer "sim" no altar? 

Costumo ouvir que fui precipitada. Casamos 9 meses depois de nos conhecermos pessoalmente e eu já estava grávida de 5 meses. Pois bem, chegamos à conclusão que foi a melhor precipitação de todos os tempos. São dois anos e pouco desde o primeiro encontro, e já fomos do céu ao inferno. Se conhecer convivendo é muito intenso! MUITO! Mas a gente sabia que nunca tinha sentido aquilo por ninguém, aquele amor, aquela vontade de sermos três! A gente sabia que ia passar por dificuldades e que ia ser difícil largar de uma vez a rotina para começar uma vida nova, com outras prioridades. Costumo sempre repetir: fomos o saco de pancadas um do outro, e o apoio também!

Então, se você pensa em casar com a pessoa que você ama, não pense muito, não! Nem deixe muita gente interferir ou dar palpites. Case-se! É legal sim! Você tem a melhor companhia do mundo para fazer o que gosta e para ficar sem fazer nada. A melhor companhia do mundo para criar seus filhos e se veem neles, nas características e personalidades. É tudo muito bom! Mas case-se com vontade de ser para o outro o que você queria que ele fosse pra você. Case-se para fazer o outro feliz! Não tem a ver com submissão, tem a ver com não desistir do amor! O amor vale a pena... Ser vivido, recomeçado mil vezes se for preciso!  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Entre sonhos realizados e angústias, 2013 passou...

(Mais um destes textos de diário)... Vou falar um pouco de 2013, mas sem deixar passar uns pedaços de 2012, como setembro, por exemplo, quando tive certeza que estava grávida nos meados de meu aniversário. Dali pra frente tudo mudaria. Vida nova! Uma vida que vinha e a minha que mudaria para sempre! Casamento já estava planejado, então nós seguimos adiante, felizes e cheios de planos.

Aí, o pessoal do meu antigo emprego achou que era um momento propício para me abandonar. Pararam de me pagar em dia, de pagar todo o meu salário, de me pagar. Não me deram nem seguro maternidade. Infelizmente dinheiro faz parte de qualquer plano, e fazia parte do nosso planejamento familiar. Mas... No meio dos sonhos vieram as angústias. Nosso casamento em janeiro de 2013 quase não poderia ser realizado, mas rolou sim, e foi lindo e festejado demais! Tantas pessoas queridas! Nosso filho nasceu... Descobrimos um amor sublime. E ele só mamou até os seis meses, por isso não nos preocupamos com esses leites caros, graças a Deus! Também ganhamos muitas fraldas no nosso "almoço de fraldas". Por isso seguimos, felizes... Em meio a angústias, contas a pagar, casa para manter... mas contudo, era um sonho.

Em meio àquela falta de respeito, decidi não trabalhar mais ali. Onde me trataram com tamanha desumanidade. Meio sem saber o que viria, continuei no meu sonho. Meu filho é tão lindo, tão saudável. Fui mãe em tempo integral e nada me fez tão feliz e realizada nessa vida! Meu marido é tão gentil. Mas em meio aos sonhos, estavam as angústias. Nos estressamos, fomos saco de pancada um do outro. Mas continuamos seguindo. Sonhando. E logo voltei ao mercado de trabalho, dessa vez como assessora de imprensa. Cargo providencial. Num momento em que fui bem solicitada e me senti feliz por estar ajudando meus colegas com a minha atuação.

Antes de acabar 2013, ano de sonhos lindos - mas de contas atrasadas e uma angústia tão ruim por ser tratada como fui - os bons ventos chegaram. Antes mesmo de acabar o ano, já estávamos nos reerguendo - falo financeiramente, porque no mais, sempre foi um sonho, nós três, nossa casa... nós. Começo 2014 com um novo desafio, prestes a ser iniciado. Últimos ajustes e logo estarei de volta à tão querida redação. Prevaleceu a fé e o otimismo. As contas foram pagas, nossa casa está cada vez mais linda e temos nosso carro. Quem me deve, pagará - falo de dinheiro, novamente. Mágoa não guardo. Agradeço e sigo em frente. Nada que passei foi em vão, tudo na vida é uma grande lição. 2013 foi um sonho, um sonho lindo. E ainda tão recente, o lembro com um riso sereno, com um pensamento que diz: eu sabia que passaria logo! Obrigada por mais essa lição! E chegou 2014, energizado com banho de cachoeira da Chapada Diamantina! Vamos nessa!