quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

No Dia Internacional contra a Corrupção os jovens alagoanos dão sua opinião sobre política

Aproveitando que hoje, dia 9 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional contra a Corrupção Eleitoral, o Primeira Edição Online entrevistou jovens de algumas cidades alagoanas para falar sobre a política no Estado. Foram feitos questionamentos desde a consciência dos jovens ao votar até a influência que as decisões políticas têm na vida de cada um deles.

Para a universitária Lioly Moreira de Lima, de 19 anos, é importante votar baseada nas informações que relatam os antecedentes do candidato, tanto de sua reputação, quanto dos trabalhos que já foram realizados pelo mesmo. “Eu voto sempre, em todas as eleições, mas acho que entra e sai político, e tudo continua igual. Apesar de quererem mostrar que faz ou fez mais que os outros, ao invés de mostrar trabalho, ficam difamando os opositores”, disse a estudante de zootecnia, moradora da cidade de Capela.

Lioly disse ainda que a política influencia de forma direta na vida dos cidadãos. “A geração de novos empregos, a melhoria da saúde pública depende de decisões políticas. E quanto à educação, a política não influencia só a nós que já somos estudantes, mas também influencia no futuro das crianças, que muitas vezes ficam nas ruas por falta de escolas”, disse a estudante. “Acho uma crueldade os “grandões”, todos com seus diplomas, ganhando fortunas e ainda têm a capacidade de desviar dinheiro público para suas contas bancárias, roubando os que realmente precisam e que poderiam ajudar de verdade o nosso país a crescer”, concluiu.

Para Luana Gabriella Evangelista, de 24 anos, moradora da cidade de Arapiraca, a política em Alagoas deixa muito a desejar. “É uma vergonha! Tem que mudar tudo. Precisamos de políticos que trabalhem pensando realmente no próximo, e não em si mesmos, em seus interesses particulares”, disse.

Gabriella afirmou que vota pontualmente em todas as eleições e que a vida dos cidadão gira em torno das decisões políticas. “Querendo ou não, tudo o que nossos candidatos decidem, influenciará nas nossas vidas”, concluiu.

O técnico em contabilidade, Marcelo dos Santos Miranda, de 32 anos, afirmou que vota sempre, e que procura saber os antecedentes dos políticos. “Antes de votar no meu candidato, procuro saber se ele foi um bom político, coisa bem difícil hoje em dia. Procuro informações sobre o que ele fez de bom ou de ruim. Mas nunca deixei de votar. Por mais que exista corrupção, precisamos tentar melhorar o Brasil”, disse Marcelo, que mora na cidade de Capela.

Sobre a política de Alagoas, o jovem disse que a considera uma das mais atrapalhadas do país. “Tem gente boa nesse meio, mas a grande maioria são mesmo de grandes corruptos que só querem tirar proveito de tudo e de todos. Nossa política deixa muito a desejar”, finalizou.

Íris Rafaela Teixeira de Lima, de 26 anos, trabalha e estuda em Maceió. Para a jovem, todas as mudanças propostas pelos políticos influenciam diretamente na vida dos cidadãos comuns. Ela disse também que procura saber um pouco a respeito do candidato, mas que já se decepcionou com alguns políticos em quem votou. “É difícil encontrar algum político que seja completamente confiável. As pessoas são muito ambiciosas e materialistas e quando se tem o poder nas mãos, é provável que dê uma ‘escorregadinha’”, disse a funcionária de um escritório de Administração.

Para Íris, o futuro do país depende dos governantes, e cabe ao eleitor colocar no poder quem irá representá-los. “Precisamos ter consciência ao votar, não vendendo o voto, não se deixando levar pela opinião de terceiros. Quem vende o voto não tem credibilidade para no futuro cobrar dos políticos perante a corrupção”, concluiu.

Levando em consideração a opinião dos jovens entrevistados, a corrupção tem incomodado cada vez mais e a política em geral não tem agradado a todos. Pegando um gancho no Dia Internacional contra a Corrupção, é bom refletir sobre nossas decisões como eleitor para que não haja mais decepções nas eleições de 2010.

Thayanne Magalhães