sábado, 14 de dezembro de 2013

Existem mães que não merecem ser chamadas assim

Olá! Hoje recebi mais um email falando sobre casos de mães que não se comportam como tal. Há uns anos escrevi sobre o assunto e compartilhei meu problema aqui com vocês. O tempo passou, eu me afastei daquilo que me fazia mal e que eu não poderia mudar: o sentimento de ódio da pessoa que me gerou e me pôs no mundo. Algo que hoje pra mim se tornou ainda mais inexplicável. Agora, no papel de mãe, e sentindo um amor que transborda meu coração e minha alma, entendo menos ainda como alguém pode alimentar um sentimento ruim por um filho.

A minha conclusão, ou pelo menos a atual conclusão, é de que essas mães têm um sentimento de egocentrismo tão grande que é impossível para elas sentir amor por mais alguém, senão por elas mesmas. Ou algumas podem ter sofrido de depressão pós-parto e não conseguiram se curar... Enfim. O que eu quero dizer para você, que me escreve contando a sua história e se vê assustado e sem entender o porquê de sua mãe não demonstrar amor ou demonstrar ódio por você, é que a culpa não é sua. Você não tem nenhum problema ou defeito e, mesmo se tivesse, uma mãe com o mínimo de sentimento materno iria te amar além de tudo e com todas as forças seja qual fosse seu defeito ou problema.

Portanto, desapegue-se! Eu sei que não é fácil. A gente quer porque quer que a nossa mãe nos ame, afinal ela nos deu a vida. Pela lógica ela deveria estar muito, mas muito feliz com a nossa chegada. Mas isso não é uma regra, meu querido, minha querida. Não se sinta infeliz. Olhe ao seu redor e veja quanta gente te ama e te quer sorrindo. Apegue-se a elas, a quem te ama. Seja forte, siga sua vida. Pessoas perdem suas mães, seus pais ainda crianças, outras são abandonadas e sequer as conhecem. Cada um tem sua história e suas provações. Vença! Não é fácil, eu sei! Minha adolescência foi difícil, mas um dia eu olhei ao meu redor e parei de me sentir rejeitada, porque eu vi quantas pessoas estavam dispostas a me fazer bem, quantas pessoas me amavam exatamente como eu sou, e, por me aceitar e perceber que a culpa daquele sentimento ruim que minha genitora alimentava por mim não era minha, eu me libertei completamente.

Não desejo mal pra ela. Ainda hoje ouço dizer que ela fala mal de mim, dos meus, mas quem me importa, quem me ama e está do meu lado nos bons e maus momentos, estes sabem quem eu sou e é por eles que eu sigo em frente e feliz.

Estarei sempre aqui para ouvir/ler vocês, que passam por situações parecidas. Não desanimem! O problema não é de vocês! Digo e repito: mães que não amam seus filhos, não são seres humanos normais. Até os animais protegem seus filhos contra tudo e contra todos! Sinta pena desses seres que conseguem essa façanha obscura e perversa e não de você mesmo. Se salve!

Abraço fraterno!